O País de Gales inovou em Dublin na noite de terça-feira ao se classificar para o primeiro grande torneio feminino da história de seu país. Uma vitória por 2-1 para a equipa de Rhian Wilkinson, graças aos golos de Hannah Cain e Carrie Jones, valeu-lhes uma vitória agregada por 3-2 sobre a República da Irlanda e garantiu o seu lugar no Campeonato da Europa do próximo verão, na Suíça.
Wilkinson, que assumiu o cargo de técnico em fevereiro, estava cheia de orgulho pelas conquistas de sua equipe. “O mais incrível é que sou novo aqui. “Eu compareci para o sprint final de uma maratona”, disse ele. “Vejo todos os funcionários que passaram por toda a jornada e o quanto estão orgulhosos e é isso que me deixa feliz. Estou tão orgulhoso… Essa é a parte emocional para mim.
“Um grande crédito para a seleção irlandesa. Eles não deixaram nada lá fora. Às vezes o futebol é uma questão de destino e de rebote da bola. Foi isso que aconteceu. A bola voltou para nós no momento crítico e foi tudo o que houve entre nós dois hoje.”
A tensão era palpável dentro do Estádio Aviva à medida que o jogo avançava, ambas as equipas sabendo que carregavam o peso da história nos ombros. Embora o País de Gales tenha marcado o primeiro remate à baliza, foram os anfitriões que aumentaram a pressão. A primeira tentativa notável da Irlanda coube a Denise O’Sullivan, que disparou 20 metros além da mão estendida de Olivia Clark, mas caiu agonizantemente na trave. Katie McCabe então chutou ao lado antes de Julie-Ann Russell forçar Clark a uma excelente defesa com a ponta do dedo.
Depois de resistir à tempestade irlandesa, foi a vez dos visitantes pressionarem. Uma cobrança de falta de Lily Woodham picou as luvas de Courtney Brosnan antes que o goleiro fizesse uma defesa igualmente excelente para negar um chute instintivo de Rhiannon Roberts.
O jogo corria o risco de vacilar e McCabe talvez tenha tido sorte de permanecer em campo, enquanto os ânimos no banco estavam à flor da pele durante todo o jogo. A seleccionadora da Irlanda, Eileen Gleeson, por vezes ficou particularmente insatisfeita com a conduta do banco do País de Gales.
O impasse foi quebrado logo após o reinício, quando o árbitro penalizou Anna Patten por uma bola de mão após verificação do VAR. Caín cobrou o pênalti para alegria dos torcedores viajantes.
Enquanto a Irlanda tentava encontrar o empate, o jogo se esticava e o País de Gales tentava prejudicá-los na transição. Angharad James avisou os anfitriões antes de fazerem valer a pena. Carrie Jones, substituindo a lesionada Jess Fishlock, ignorou a atenção de Caitlin Hayes antes de atacar o gol. Apenas vencendo o goleiro, ele finalizou clinicamente para dobrar a vantagem do seu time.
O cabeceamento tardio de Patten deu esperança aos adeptos da casa, mas, apesar da pressão, o País de Gales aguentou e alcançou uma vitória famosa.
